18 de junho de 2010

Jerónimo de Sousa em entrevista

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Aos 14 anos foi para a fábrica como aprendiz de afinador de máquinas, que era o que esperava os rapazes da cintura industrial de Lisboa nos anos 60. Jerónimo nasceu onde ainda hoje vive: Pirescoxe, concelho de Loures, e revê-se nos "Esteiros", de Soeiro Pereira Gomes, e nos "homens que nunca foram meninos". Na fábrica torna-se amigo de José António Cartaxo, com quem tem os primeiros contactos com o PCP. Antes do 25 de Abril já "estava de passo acertado com o partido", mas a filiação vem depois. O primeiro operário secretário-geral do PCP (em democracia) continua a viver como um operário, apesar de não trabalhar na fábrica há 35 anos.

É verdade que ganha só 800€ por mês?
É. Não posso precisar, às vezes com o subsídio de refeição vai aos 800 e pouco. Mas esse é o salário de um metalúrgico qualificado. O camarada jurista recebe como jurista, o camarada engenheiro recebe como engenheiro. Eu sou operário metalúrgico. Assumi o compromisso com o partido de não ser beneficiado ou prejudicado. E assim, com grande naturalidade e por opção livre, recebo o salário que receberia na fábrica.

Sente-se em melhores condições para saber como as pessoas com salários baixos estão a viver neste momento?
Sem dúvida. Nos debates parlamentares eu transmito o sentimento de quem é injustiçado, de quem tem dificuldades na vida, de quem vive com salários baixos, porque eu também sou um deles. Fiz esta opção sem nenhum condicionamento, de uma forma totalmente livre.

É o único líder partidário que é operário, o único com um salário baixo...
A questão de fundo é esta: eu luto por uma vida melhor, também para mim, é evidente. Mas sempre entendi, desde a Assembleia Constituinte até à Assembleia da República, que aquilo não é um emprego nem é uma profissão. É uma tarefa, uma opção. O partido não obriga ninguém a ser candidato a deputado. E sem ter uma visão basista, que eu não tenho, nem miserabilista - insisto nesta ideia, também luto por uma vida melhor para mim e para os meus -, considero que não seria capaz de transmitir no discurso se não tivesse este estatuto e condição. Isto não invalida que eu procure no plano intelectual, no plano político, no plano ideológico, aprender e evoluir. Mas acho que isto é uma raiz sã. E sinto-me bem assim. Se você fosse lá ao meu bairro, veria essa identificação: um pouco "este é dos nossos". E não estou a falar só de comunistas.

No seu bairro tratam-no por camarada? Mesmo os não comunistas?
Mesmo os não comunistas. Gente que vota PS, que vota noutros partidos. Mas têm uma grande estima, admiração. Sentem-me ao nível deles, não me sentem como alguém que está por cima.

O PCP sempre foi um partido do operariado, mas os dois anteriores líderes eram intelectuais. Sente que é mais fácil liderar porque está mais próximo da população operária?
Cada pessoa tem a sua característica. Eu não acho mal a origem intelectual! (risos) Aprendi muito com os meus camaradas intelectuais. Mas de qualquer forma creio que para um partido que se afirma, e é da classe operária e de todos os trabalhadores, tem de facto para mim um significado profundo manter esta ligação estreita à realidade. E não quer dizer que tenha mais dificuldade em falar com agricultores, que tenha dificuldade em falar com pequenos comerciantes, em falar com intelectuais. Não tenho uma visão obreirista, basista, não é isso. Mas o saber de experiência feito é muito importante.

E qual é o saber de experiência feito do PCP que consegue meter aquelas pessoas todas na rua?
O PCP, tanto nas manifestações como na construção da Festa do Avante... este partido tem algo de diferente de todos os outros, que é aquilo que o Álvaro definia como um colectivo, o grande colectivo partidário. Existem militantes com diversas responsabilidades, mas não existem militantes com diversas categorias. Cada mulher, homem, jovem concreto, militante do partido, numa tarefa que nunca será registada na história - como a recolha de fundos, pregar uma tábua na festa do Avante na preparação de uma tribuna onde ele não vai estar - é a contribuição de todos estes esforços individuais que dão dimensão a este colectivo partidário, onde cada um de nós, mantendo as suas características, os seus méritos, potencialidades pessoais, está sempre a pensar como contribuir para esse grande colectivo. Eu vim para secretário-geral do PCP e os meus camaradas não me obrigaram a mudar de carácter.

E de roupa e coisas assim. Mas não tem preocupação com a imagem?
Tenho sempre a opinião familiar.

Da sua mulher?
Sim. E tenho a opinião dos meus camaradas ligados às questões da imagem e da propaganda. São opiniões que eu ouço. Curiosamente, até tem acontecido que técnicos de marketing que nem são do meu partido me venham, surpreendentemente, dar opiniões. Em relação à cor de camisa e do fato, à cor da gravata, à postura na televisão, ao corte de cabelo. É com um sentimento de solidariedade, não é de má-fé. Eu procuro registar e tomar como bons os conselhos de quem percebe.

O PCP não dança o tango como este governo. Mas se o PCP fosse governo, o que fazia com a Europa como está? Saía do euro?
Em relação à saída ou não saída do euro, isso não pode ser um acto súbito. Nós fazemos um grande questionamento da teia em que nos envolveram, por via da financiarização da economia, do Programa de Estabilidade e Crescimento, da UEM, da moeda única, da política neoliberal que está no âmago das políticas europeias. Tudo isso enredou o nosso país. Sair do euro, como medida isolada, não. Nós consideramos que é preciso um outro rumo para a UE. Foi demonstrado que o proclamado princípio da coesão económica e social revelou-se nesta crise inexistente. Cada um tratou de si e foi o directório das grandes potências, fundamentalmente a Alemanha, que procurou salvar os seus interesses, com prejuízo para países mais vulneráveis como o nosso. Esta exigência de mudança de rumo desta União Europeia é fundamental. No nosso país temos um problema a dobrar. Não só uma posição seguidista em relação à matriz da política da União Europeia, mas simultaneamente uma política de direita que vem agravar mais essa política. Nós não responsabilizamos a União Europeia por todos os males, mas impôs uma matriz que sofreu agravamentos com a política que tem vindo a ser realizada pelos sucessivos governos: ora o PS, ora o PSD.

Mas nesta crise o que se podia fazer?
Nesta crise, consideramos que é profundamente injusto, e não vão resultar, estas medidas de austeridade visando fazer pagar quem não tem culpa nenhuma, quem vive do seu trabalho, da sua reforma e do seu pequeno negócio. Esses é que vão pagar as consequências. E, simultaneamente, os que foram responsáveis pela crise, ganharam fortunas abissais com a especulação, não só não pagam aquilo que era justo por aquilo que andaram a fazer, como todo o esforço nacional no essencial está direccionado para tapar um buraco sem fundo: que é a ajuda ao capital financeiro. Friamente, leiam-se as medidas de austeridade. Não encontra lá, para além de declarações vagas, uma ideia estratégica em relação à nossa produção nacional, em relação à necessidade de industrialização, de combater os défices crónicos, em relação à dívida externa, tanto pública como privada. Isso resulta da destruição do aparelho produtivo que nos leva a este drama de não estarmos a crescer como necessitamos, desviando apenas fundos para um sector que, devido à sua própria natureza e à profundidade dos problemas, vai querer mais, e mais, e mais. Esta é que é a encruzilhada em que nos encontramos. Podíamos dizer: seria preciso agora ficar pior para mais à frente ficarmos melhor, com mais crescimento, mais desenvolvimento. Mas isto não nos vai levar a lado nenhum. Por isso o governo já pensa em prolongar as medidas até 2013.

Acha que o governo dura até 2013?
Temos uma situação contraditória em Portugal, com um governo que não aprendeu a lição que o povo português lhe deu nas últimas eleições. Sócrates perdeu a maioria absoluta e na mesma noite disse que ia manter o rumo. Foi uma frase lapidar. Aquela encenação de convidar todos os partidos por causa da governabilidade... Se ia manter o rumo, só tinha um parceiro privilegiado, era a direita. Numa visão estratégica, o PSD avalizou o Orçamento do Estado e o PEC, porque os interesses do capital financeiro consideram que ainda é o PS de Sócrates o melhor agente para a execução de políticas que servem os seus interesses. E esse mesmo capital determinou o comportamento do próprio PSD. O PSD quer ser poder, e está neste jogo um bocado difícil de querer sol na eira e chuva no nabal. Ou seja: apoia a política de direita que faria se estivesse no poder, mas simultaneamente vai tentar que só o PS se queime com essa política. E espera o desfecho.

E qual é a sua opinião?
Hoje o PS está em descrédito, o primeiro-ministro claramente também está em descrédito, tendo em conta que diz uma coisa hoje e outra amanhã. Com a situação económica e social a agravar-se, a direita procurará escolher o timing melhor. Vamos ter eleições presidenciais. Não digo que seja a primeira iniciativa do Presidente da República que vencer. Não faço futurologia, mas sente-se que este PS está no poder enquanto os interesses dos poderosos assim o determinarem.

Portanto, quando o PSD estiver preparado, o PS cai. Se calhar não será a primeira medida, mas pode ser a segunda medida do Presidente, se for o mesmo.
Se existirem condições objectivas e subjectivas, creio que o PSD se perfilará, com ou sem o CDS, para fazer aquilo com que estamos a viver há mais 30 anos. Usei esta ideia nas jornada parlamentares: a corte, quando morria o rei, dizia "morreu o rei, viva o rei". Aqui ouvimos "morreu o PS, viva o PSD", e a seguir, "morreu o PSD, viva o PS", no rotativismo dramático que leva o país a esta situação.

Mas como avalia o actual Presidente?
Cavaco Silva teve um mandato, salvo em questões que não são nucleares, marcado pela chamada concertação estratégica. Cavaco Silva apoiou a política de direita do PS. E não foi capaz de, em toda a dimensão, cumprir o juramento que fez: cumprir e fazer cumprir a Constituição da República. Mais por omissão. Em relação ao Código do Trabalho, em relação às políticas económicas, em relação à subordinação do poder político ao poder económico, em relação a políticas que atentam contra a nossa soberania, que colocaram Portugal num posicionamento belicista e não num Portugal, como a Constituição refere, de paz e cooperação. Mais por omissão que por acção. Não é por acaso que o PSD quer rever a Constituição. Pode dizer-se que ela não foi empecilho para fazer esta política, mas esta política não acerta com a Constituição. Então há que acertar a Constituição com esta política. Cavaco Silva poderá ter um papel preocupante.

Derrotar Cavaco Silva é, portanto, um objectivo do PCP?
Parece-me ser inevitável que Cavaco Silva vai ser o candidato da direita - apesar de alguns sobressaltos e incómodos na direita tendo em conta a promulgação da lei do casamento entre homossexuais. É verdade que alguns vieram logo chamar nomes a quem tivesse qualquer veleidade de apresentar outro candidato da direita. Isso poderia ser mortal para aquilo que é fundamental. Sabemos que existem quadros do PSD e do CDS com algumas mágoas em relação ao passado, sabemos que a área católica ficou incomodada com a promulgação da referida lei, mas aquilo que sinto é que serão contas de outro rosário para depois da eleição. Agora vão estar unidos.

Mas a esquerda não vai estar unida...
Estas eleições vão ter uma primeira volta que pode ser a única. Mas numa primeira volta, se um candidato tiver 50% mais um ganha. E tanto faz ser uma candidatura única à esquerda como dez. A questão fica resolvida. Mas, numa perspectiva de mobilização do eleitorado, alguém acredita que outro candidato que não um do PCP mobilizasse melhor o seu eleitorado, os seus militantes, os seus amigos? A nossa candidatura é construtiva, de elevação da participação, que pode ter uma palavra importante a dizer num futuro próximo. Não é um mal, antes pelo contrário! Ninguém se pode substituir ao PCP para fazer isto!

Em 1996 mobilizou o eleitorado do PCP e desistiu em favor de Jorge Sampaio, que foi eleito Presidente.
Era um contexto diferente. Nas últimas presidenciais fomos até ao fim, com um resultado interessante, 9%. Mas em relação às presidenciais sempre tivemos uma posição de vistas largas, de defesa do regime democrático, mais que pensar em termos egoístas, em interesses meramente partidários. Nesse sentido, na avaliação que fazemos em cada eleição concreta, decidimos de forma diferente. Neste caso, a única garantia que posso dar é que vamos ter um candidato que tem dois grandes objectivos: derrotar o candidato da direita dos interesses económicos e, simultaneamente, procurar de forma activa a defesa e a valorização da Constituição portuguesa.

O candidato vai ser discutido agora em Junho no Comité Central.
Falava-lhe há pouco do tal colectivo partidário, onde a contribuição de cada um forma um todo. É muito mais seguro ouvir a opinião do Comité Central, opiniões conhecedoras da realidade, e conseguirmos a solução para onde convirjam mais opiniões que qualquer acto do género "eu quero ser candidato". Isso tem mais fragilidades. Um candidato do PCP será uma solução encontrada por esse grande colectivo.

Bernardino Soares é uma hipótese?
Não vou fazer palpites nem quero apressar a discussão que vai ser feita no Comité Central. Temos um conjunto de quadros, de dirigentes do partido, que serão capazes de desempenhar essa tarefa. Neste momento não há um nome, não há uma inclinação, há uma reflexão colectiva que terá um desfecho.

O candidato virá da comissão política do partido?
Não é um princípio. O meu camarada António Abreu, na altura em que foi indicado para ser candidato, não era membro dos órgãos executivos. Os outros eram. Não há aqui uma questão de princípio, mas sempre entendemos que, sendo uma decisão da direcção, a direcção - comité central - tem de a assumir plenamente. Mas teremos condições de encontrar uma boa solução.

Dentro do Comité Central?
Sim.

Ficou aborrecido quando Carvalho da Silva tomou café com António Costa?
Foi uma decisão própria que na altura não correspondeu àquilo que nós considerávamos fundamental: o reforço da CDU na Câmara de Lisboa. Enfim, de uma forma pouco clara, o meu camarada Manuel Carvalho da Silva resolveu tomar o café, não dizendo que apoiava, mas desejando a vitória. Permitiu uma leitura bastante equívoca. Tomámos posição. E continuamos a considerar que é na CDU que encontramos a força capaz de responder aos problemas da cidade.

O próprio Carvalho da Silva foi muito criticado dentro da CGTP. Está difícil a relação PCP/direcção da CGTP?
Consideramos que a CGTP, a sua dimensão unitária, é um bem precioso e uma das coisas mais ricas que foram construídas pelo movimento operário e sindical. Obviamente que os comunistas têm muita força e peso dentro da central, mas isto não é por vontade minha ou do Comité Central do PCP. São eleitos pelos seus camaradas de trabalho, por muita gente que não é comunista, mas que reconhece nos comunistas aqueles que melhor defendem os seus interesses e direitos. A composição resulta de uma decisão democrática dos trabalhadores. E nós, podendo ter peso determinante nesta ou naquela estrutura, sempre valorizamos que para além dos comunistas haja católicos, socialistas, que dão a sua participação a um projecto unitário. É essa a orientação que damos aos camaradas comunistas que estão na frente sindical, designadamente na CGTP.

Quem é que é mais de esquerda, Manuel Alegre ou Fernando Nobre?
Avaliamos a candidatura de Alegre pela sua identificação com o PS, que tem responsabilidades enormes na política de direita. E depois houve ali um momento relevante quando Alegre, em conjunto com Louçã e o Bloco de Esquerda, promoveram uns encontros, uns convívios, em nome da "esquerda grande". Esqueceram-se de convidar o PCP.

Nunca houve nenhuma conversa?
Nem formal nem informal. Registámos isso. O que nos leva a considerar que aquilo não foi uma iniciativa aberta, mas uma postura sectária. Porque não há esquerda grande sem o PCP. Temos estas reservas de percurso. Em relação a Fernando Nobre, para além da sua acção humanitária, no plano político tem uma opinião muito inconsistente em relação às grandes questões, tendo em conta a situação política e económica. São candidatos que merecem o nosso respeito, mas de que nos diferenciamos.

Numa segunda volta, o PCP estaria disponível para apoiar Alegre?
(risos) Isso é um exercício académico.

Disse que os votos do PCP nunca faltariam à esquerda.
O PCP, pensando no que melhor serve os interesses do país, agirá em conformidade. Mas tem o seu próprio tempo, calendário e candidato. Fala-se em Manuel Alegre. E porque é que nós não podemos ter uma excelente votação? Apesar da importância das eleições presidenciais, exige-se agora ao partido empenho na situação dramática em que está o país. Mas vamos participar na batalha.

Porque é que o PCP e o Bloco andam sempre às turras? Tem a ver com a história antiga de muitos elementos do Bloco terem saído do PCP?
Nunca considerámos o Bloco um obstáculo, um inimigo. Quando caracterizámos, uma mera caracterização político-ideológica, o Bloco enxofrou-se todo. Sabe qual é a minha dificuldade maior? Qual é o projecto de sociedade, qual é a ideologia do Bloco de Esquerda? Que transformação?

Defendem as nacionalizações.
De vez em quando vão avançando. Mas naquela resolução sobre união monetária o BE põe em causa o fundo de estabilização da União Europeia. O Bloco votou a favor de que se mandasse dinheiro, não para o povo grego, mas para os banqueiros, que é isso que vai acontecer com o empréstimo comunitário! Há uma contradição inevitável. Mas que bem que estaríamos, eu, você e este país, se o BE fosse para nós um problema!

Que medidas para resolver a crise? Nacionalizar?
Há uma questão central: nós precisamos de crescer, que o Estado tenha alavancas para o crescimento e o desenvolvimento. O capital privado também pode fazer isso, mas o capital privado só joga em áreas protegidas, naquilo que dá garantia de lucro. O Estado tem de assumir, no quadro de uma economia mista, de coexistência de sector público, sector privado e sector cooperativo, ter nas suas mãos os instrumentos para o crescimento e o desenvolvimento. Isso faz- -se pela nacionalização ou aquisição da banca comercial. Sublinho: a comercial.

É quase toda.
Não é toda. Consideramos que era importantíssimo que no plano da energia, dos combustíveis, o Estado tivesse posições importantes. No plano dos transportes, outra área, nacionalização ou aquisição. Propomos isto como defesa do interesse nacional. É criminoso este rol de privatizações, não só em perspectiva de de-senvolvimento económico, mas também à situação concreta.

Ficaria com os Correios, a Galp, a EDP...
Dos correios nem falo! Está a ver uma multinacional a ir a Freixo de Espada à Cinta fazer os serviços de correios?

Continua a achar que Obama é igual a George Bush?
Ele constituiu uma esperança para muitos americanos. Mas Barack Obama está no coração do império e com a relação de forças que existe, mesmo as boas intenções que estariam na cabeça de Barack Obama... Veja: não se resolveu o Iraque, nem sequer a pequena promessa de fechar Guantánamo foi efectivada.

Fonte: jornal i; 11-06-2010; ligação

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